Sambas
1990 a 1999
Da ala de compositores às baianas
Mostra pro mundo Santa Cruz é soberana
Mostra pro mundo Santa Cruz é soberana...
Carnaval 1990
Carnaval 1991
Carnaval 1992
Letra do Samba
Os Heróis da Resistência
Compositores: Zé Carlos, Carlos Henri, Carlinhos de Pilares, Doda, Mocinho e Luis Sérgio
Intérprete: Carlinhos de Pilares
Oh! Divina luz que nos conduzCom bom humor e irreverência
Hoje ninguém vai nos "gripar"
Somos os heróis da resistência
Vamos "pasquinar", recordar
Sorrir sem censura
Botar a boca no mundo, buscar bem fundo
Sem a tal da ditadura
Soltavam as bruxas, o pau comia
De golpe em golpe, quanta covardia!
Venha com a gente, povão
Abra o seu coração
Para o Pasquim, o "pequenino imortal"
Simbolizado pelo sacana ratinho
Mesmo bombardeado, virou paixão nacional
Aí, na palidez da folha
Imprimimos personagens geniais
Lindas mulheres espelhando nossas páginas
Ipanema foi o centro cultural
Hoje, essa história é carnaval
Gip, gip, nheco, nheco
Por favor não apague a luz!
Goze desta liberdade
Nos braços da Santa Cruz
Letra do Samba
O Boca do Inferno
Compositores: Tião da Roça, Doda, Luiz Sérgio, Mocinho, Giovanni e Carlos Henry
Intérprete: Sobrinho
Floresceu seu ideal lá na Bahia
Onde o poder da fidalguia
Sufocava o meu Brasil pela raiz
Surgiu no seio da sociedade
Lutando pela igualdade
Contra o preconceito social
Um jovem inteligente
De Versos Maldizentes
Com exemplos marcantes
Que o povo aderiu
Fluiu no peito do poeta a esperança
Gregório é Miserê, é abastança
Penitência do mal, luta de um bem querer
Seus versos tinham tal sabedoria
Era a mão da chibata a tirania
Em noite de festa
Na fazenda o terreirão
Gregório ponteia a viola
Verso vira canção
Esta terra tem moral
Vejá lá seu fazendeiro
Sua mesa tem fartura
O plantador tá sem dinheiro
Na luta da sonhada liberdade
Um preço bem alto "Boca do Inferno" pagou
(E não calou)
Mas nos becos e vielas, nas cidades e favelas
O seu sonho prosperou
Ecoou pelos ares
Despertou os Palmares
Oh! Chama que não se apaga
De boca em boca propaga liberdade
Letra do Samba
De Quatro em Quatro chego lá
Compositores: Da Roça, Geovani, Nei, Luiz Carlos, Jaime e Brucutu
Intérprete: Sobrinho
Vem de lá
Da pré-história esse 4 milenar
Água, fogo, terra e ar
De 4 em 4 chego lá
Engatinhou no Egito
Trazendo esfinge
Para o nosso Carnaval
Lá vou eu
Sou menino no destino
Desse caminhar
O mundo tá, tá no sufoco
Tudo que tiver 4
Dessa vida eu levo um pouco
Na luta entre o bem e o mal
Eu já fiz a minha escolha
Em 4 cantos caminhei
Minha sorte tirei
No trevo de 4 folhas
Haja coração
Felicidade não escolhe estação
4 fases tem a Lua
E a vida continua
O naipe da carta revelou
(Vem amor)
Vem amor
Saciar minha sede
Nosso amor é segredo
Entre 4 paredes
Caiu de 4 iaiá, na saideira
Santa Cruz tá nessa festa
Que acaba quarta-feiraCarnaval 1993
Carnaval 1994
Carnaval 1995
Letra do Samba
Quo vadis? Meu negro de ouro
Compositores: Doda, Zé Carlos, Carlos Henry, Luis Sérgio, Mocinho e Carlinho 18
Intérprete: Sobrinho
Nasci em remotas eras
No ventre da terra
Energia que a natureza recriou
Importante parte da história
Que a mão do homem esculturou
Sete irmãs ambiciosas
Tentaram me ocultar
Suas garras poderosas
Só queriam dominar
A humanidade depende de mim
Sou liberdade e poder enfim
Sou princípio, sou meio e fim
Negro de ouro cobiçado sim
Oh divina terra de Santa Cruz
Povo oprimido que encontrou a luz
Transformando mãos em elos da corrente
Derrotou o monstro bravamente
Hoje movimento o dia-a-dia
Gerando progresso, enriqueço a nação
De corpo presente nos braços da alegria
Sou sonho, fantasia e emoção
Verde-amarelo é o meu coração
Desperta gigante!
Oh pátria mãe Brasil! (Brasil, Brasil)
Defenda a soberania
Que o maldito monstro ressurgiu
Letra do Samba
A Rota dos Mercadores
Compositores: João Lacerda, Walter Cruz, Waldir Cruz, Íris Felix
Intérprete: Quinzinho
Oh, que maravilha!
Retrato de uma era milenar (milenar)
Foi o homem aventureiro
Barganhando pelo mundo
Desenhou seu caminhar (ô seu caminhar)
Da Fenícia trouxe o brilho
Mercadores andarilhos
E nesse luxo me fiz rei
Sob tapetes encantados
Persiana enamorado e jóias me banhei
Vou armar a banca na Sapucaí
Eu tenho tudo pra fazer você sorrir
Retalhei em parte os continentes
Da Índia busquei raros cereais
Exuberantes tecidos,
Porcelanas geniais
Alcançando a Ásia
Rumo ao oriente viajei
Com vitrais tão valiosos deparei
Em Veneza um império revelei
Desbravei terras
Às Américas cheguei
Trouxe fumo, trouxe açúcar
Por metais me enamorei
Feira tão livre pelo mundo se alastrou
Tá pra lá de Marrachech ver o peso meu senhor
TV a cores, brilho do computador
Tem até o Shopping Center na rota do mercador
Olha eu na praça meu bom freguês
Tem seda pura na barraca do chinês
Letra do Samba
Deuses e costumes nas terras de Santa Cruz
Compositores: Agostinho e Hugo Reis
Intérprete: Chiquinho Fabiano
Lá vou eu...
Nas asas da imaginação
Sou negro sim... quero cantar!
Eu vou abrir meu coração
Os negros africanos aqui chegaram
Iludidos e vendidos como escravos
A saudade fazia lembrar
Seus Deuses e costumes de além-mar
Cantavam e rezavam pra voltar
Daí...
A cultura africana
Nas terras de Santa Cruz chegou
A música entoava seu lamento
Amenizando sofrimento e dor
Jongo e capoeira pra dançar
Ladainha e lundu pra cantar
Vatapá e acarajé
Feijoada a noite inteira
Como é gostosa a culinária brasileira
Os Deuses transformados em Orixás
Ogum, Oxossi, Iemanjá
Todo dia tem seu santo
Roda na gira
Quem tem gira pra girar
Tome um banho de arruda
Com galho de Guiné
Sai fora olho grande
Vou rezar com muita féCarnaval 1996
Carnaval 1997
Carnaval 1998
Letra do Samba
Ribalta, luz, sonho e ilusão
Compositores: Hugo Reis
Intérprete: Claudinho Tricolor
Viajando pelo mundo
Buscando a minha felicidade
Fiquei fascinado pela arte
Pois vi show em toda parte
Nos palcos de grandiosas cidades
Das touradas em Madri
Aos cassinos de Las Vegas
Tudo era sedução (sedução, sedução)
Uma Grécia tão antiga
Gladiadores em bigas
Aclamados pela multidão
Tem tradição milenar no Oriente
China, Japão é sensação, é mito, é gente
Na Rússia, o teatro Bolshoi
É lindo exemplo
Encontrei sagrados templos
O grande Lidô de Paris
Aqui (oi aqui), minha viagem se encerra
Pois o maior show da terra
É o carnaval do meu país
Encantou meu coração
Ribalta, sonho, luz e ilusão
Encantou meu coração
Santa Cruz é festa, é emoçãoLetra do Samba
Não se vive sem bandeira
Compositores: Carroça, Pepê e Carlinhos 18
Intérprete: Claudinho Tricolor
Santa Cruz vem desfilar e levantar sua bandeira
Abre o manto da ilusão, da emoção tão brasileira
Meu samba é azul e belo, verde-amarelo, "branco-redentor"!
A ordem é do Rei, o progresso da folia!
Canta de alegria!...
Na bandeira da arte eu vou
Te dar meu estandarte, amor!
Vem sacudir o meu desejo
Meu beijo vai te balançar!
Roda baiana, porta-bandeira!
Roda e me faz feliz!
Te quero pendão! Te quero país!
Na "chama" do meu coração!
Zazueira, zazuê!
Vou de bandeira, vou brincar o carnaval!
Ê! Ê! Ê!
Zazueira, zazuê!
Não dá bandeira, vem pintar o meu astral!
Brilha muito, brilha tudo, brilha mais!!!
Na dança das estrelas o teu céu brilha de paz!
Teu chão tem a flor da esperança
O ouro que balança e agita os mortais!
Um amor "não se vive sem bandeira"!
Sem você eu não consigo mais vibrar!
Quero viver, vem tremular!
Ao ver a Santa Cruz passar!!!
Se "liga", que eu tô aí!
Tô cheio de felicidade!
A festa das bandeiras
Vem sacudir! Vem agitar essa cidade!Letra do Samba
O Exagerado Cazuza, nas Terras de Santa Cruz
Compositores: José Luiz e Cláudio Carioca
Intérprete: Carlinhos de Pilares
Clareou! Uma estrela vem surgindo!
O poeta está sorrindo e pede bis
Pro dia nascer feliz
Viajando... no sonho de fantasias:
Anjos do bem e mal querer,
Beijos e fadas no amanhecer
Poeta do amor, te chamo minha flor
Daqui até a eternidade
O codinome beija-flor
Vago na lua deserta, das pedras do arpoador
O tempo não pára
Num clip sem nexo, um pierrot-retrocesso
Meio bossa nova e Rock'n Roll
Enquanto houver a burguesia
Não vai haver poesia
Ser teu pão, tua comida
Ideologia eu quero uma pra viver
Barão Vermelho canta um conto de emoção
Promessas malucas
Curtas tanto quanto um sonho bom
Alô Cazuza!
Exagerado no samba chegou
A Santa Cruz hoje faz parte do seu showCarnaval 1999
Letra do Samba
Abraham Medina – Em Noite de Gala
Compositores: Pepê, Carroça, Marcelo Porquinho e Charuto
Intérprete: Carlinhos de Pilares
Amor! Tá chegando a hora!
Chama a vizinha que o show vai começar!
Vai ligando a TV e arraste o sofá que eu quero sambar
É "noite de gala"! Santa Cruz vai desfilar!!!
Eu vim de lá pra cá! O Rio eu fiz brilhar
E dei pro povo arte, vida e emoção
Sou alegria eu sou! E pra folia eu vou!
Sou "Rei da voz" no sonho da televisão
Quem quer TV
Tá na loja pra comprar!
Tá na loja pra vender!
Tô guardando pra você!
(Ai que saudade)
Ah! A saudade hoje está no ar
O meu show vai continuar
Vem me aplaudir
Ontem era preto e branco
No meu sonho eu colori
Vou vender ilusões na tela da Sapucaí
Eu quero festa! Quero brilho e serpentina
Pra saudar Abraham Medina
E dizer que sou seu fã!
Quero balé! Quero "IV Centenário"
Pra brindar aniversário
Santa Cruz foi campeã!!!